Nome: Anahi Giovanna Puente Portilla
Nascimento: 14 de maio de 1983
Origem: Cidade do México
Profissão: Cantora, atriz e modelo.
A vida não é sempre como queremos, porém não é por isso que devemos perder a esperança.
Idolatrada por milhares de jovens em vários países, a atriz Anahí não ficou livre de um drama pessoal. Aos 17 anos, ela enfrentou o desafio de vencer a anorexia, uma doença ainda desconhecida para muitos mas que, a cada dia, atinge um número maior de jovens.
Superada a fase do medo e inseguranças, Anahí fez de seu drama pessoal um caminho para esclarecer aos jovens e seus familiares, de todo o mundo, sobre o problema.
Em 1999, Anahí jamais tinha ouvido falar em anorexia. Ela estava gravando a novela mexicana Mulheres Enganadas e, devido ao excesso de trabalho, começou a deixar de comer. Dia após dia, a garota foi se acostumando com o fato de não sentir falta dos alimentos, até o ponto de começar a sentir-se feliz com sua magreza.
“Não me dava conta de que meu corpo estava gritando: Me ajude!”
Assim como a maioria dos casos, a anorexia em Anahí começou como uma simples dieta e, em pouco, se transformou em um sério distúrbio alimentar que a levou a ter uma relação doentia com a comida.
“Meu problema começou de verdade, quando eu fiquei obcecada por perder peso. Me sentia horrível e achei que, emagrecendo, ficaria mais bonita. Quando eu quis mudar a situação, me dei conta de que estava dentro de um labirinto sem saída... é como um vício. Cheguei a pesar 34 quilos"
No começo, a jovem atriz se viu perdida. Com apenas 17 anos, sofreu uma forte crise de depressão, que culminou na falta de vontade de comer.
“Eu não tinha a preocupação de comer, e isso ajudava a me manter magra. Mas, quando vi que essa depressão me ajudava a emagrecer, eu acabei gostando da idéia”
O primeiro passo para a cura, foi assumir a doença e encará-la de frente.
“Eu fui buscar uma firmeza interior, que nem sabia que tinha. E assim, superei esse medo de saber que tinha uma doença, mas não conseguia encará-la e assumir. O primeiro passo foi assumir: sim, eu tenho, mas vou sair dessa e seguir adiante"
"Hoje, não tenho mais medo, pois sei que posso ser mais forte que ela”.
Com o tempo a atriz e cantora conseguiu ter sua auto-estima de volta e sua vida também, mas confessa que é difícil.
“Até hoje preciso me alimentar bem todos os dias, pois a qualquer momento posso ter uma recaída. É um risco contínuo, 24 horas do dia, como se eu fosse uma alcoólatra. Devo pensar: hoje eu vou comer bem... Se eu bobear, em um mês posso ficar como antes. Sou contra dietas e essa moda louca de querer estar magra demais, porque vivi essa doença e não desejo isso ao meu pior inimigo”.
Entre os sintomas que podem ser notados, estão a falta de apetite, um emagrecimento brusco, ressecamento excessivo da pele e queda de cabelos.
Nos casos de anorexia, uma das principais instruções dadas por especialistas tem a ver com o apoio da família, no processo de tratamento. Em seu site, o Dr. Drauzio Varella alerta:
“Os familiares só se dão conta do que está acontecendo quando, por acaso, surpreendem a paciente com pouca roupa e vêem seu corpo esquelético, transformado em pele e osso. Nesse caso, é urgente procurar atendimento médico especializado”.
Para Anahí, o apoio da família foi fundamental em seu tratamento. A cantora esteve internada em três clínicas de reabilitação, em diferentes hospitais, fez vários tratamentos psicológicos e psiquiátricos e, para ela e sua família, parecia que a doença não tinha solução.
"Foram dois anos muito difíceis. A situação só começou a mudar, quando quase perdi a vida. Fui levada ao hospital, de emergência. Meu coração parou oito segundos. Hoje, voltei a nascer e aprendi a viver com esse problema. Estou sempre em tratamento, me monitorando, porque, assim como ocorre com outros vícios, sei que terei que conviver com a sombra dessa doença até o fim"
Hoje brilhando em Redelde - pela segunda vez no Brasil - onde vive a carismática Mia Colucci, Anahí se diz preocupada com as jovens que sofrem com essa doença. Ela transformou sua história num alerta para jovens de todo o mundo.
Além de assumir a doença publicamente – postura difícil para uma jovem de 23 anos - e revelar como foi seu drama, Anahí quer fazer mais. Ela ainda não decidiu se vai escrever um livro ou seguir falando do assunto na tevê, jornais e revistas. De certo, existe apenas a iniciativa de dividir suas vivências com seus fãs e familiares.
“Deus me deu a oportunidade de vencer essa doença e voltar para a vida. Sinto que não é justo não fazer nada para esclarecer dúvidas sobre ela. Sei que, com isso, vou poder ajudar muitas pessoas”
Nenhum comentário:
Postar um comentário